Essa história de atacar militarmente a Síria parece que está dando chabú. Entre as potencias nucleares que fazem parte do  Conselho de Segurança da ONU – a Inglaterra tirou o time de campo alegando que o parlamento não aprovou  ataque; a França agora diz que não atacará sozinha a Síria e espera a decisão do Congresso dos Estados Unidos; os Estados Unidos emitiram  declaração considerando que o presidente da republica tem legitimidade para dar as ordens do ataque imediatamente, mas seria prudente  que o Congresso dos Estados Unidos aprove essa decisão ( que demorará ainda mais algumas semanas); Rússia e China mantém coerência  em  suas posições  - que se concentram no veto a uma solução militar com encaminhamento do conflito na Síria para a esfera política/diplomática. E a Síria emitiu declarações recentes  afirmando que nos primeiros minutos  do ataque (caso haja) reagirá fortemente bombardeando Israel com cerca de mil mísseis nas primeiras três horas e que ainda possui cerca de 200 mil mísseis de reserva para continuar com a resistência e defesa do seu território. Nota-se  portanto que Estados Unidos/Inglaterra/França estão recuando para efetivar o ataque contra a Síria, não conseguindo formar uma coalizão de países para a aventura bélica  e a Síria constatando esse recuo e as dificuldades  das potencias militares começou a falar grosso. Pelo visto  a única saída para os países  com menor poderio bélico e que estão na iminência de serem atacados é responderem firmemente ao ataque, pois sabem que até mesmo os fortes temem pelas conseqüências de seus atos tresloucados, já que poderão levar o mundo a um grande conflito bélico que afetará direta ou indiretamente toda a humanidade, inclusive aos atacantes  Jacob David Blinder
 
 
Francia no lanzará un ataque unilateral contra Siria
 
RT Rusia 01/09/2013 22:32 GMT
 
 
 
 
El ministro del Interior francés, Manuel Valls, ha indicado este domingo que su país no lanzará un ataque unilateral contra Siria y esperará la decisión del Congreso estadounidense sobre el caso.
 

"Francia no puede ir en solitario… Necesitamos una coalición", ha dicho Valls a la emisora de radio Europe 1.


Según Valls, el anuncio del presidente estadounidense, Barack Obama, sobre la necesidad de la autorización del Congreso antes de iniciar un ataque creaba "una nueva situación" que significaba que París tendría que esperar a "que acabara esta nueva fase".


Ha anunciado también que el primer ministro galo, Jean-Marc Ayrault, se reunirá este lunes con las dos cámaras del Parlamento y con representantes de la oposición para discutir la situación en Siria antes del debate parlamentario del miércoles. 

En Francia, la presión sobre el presidente François Hollande sigue aumentando. La opinión pública y la oposición exigen al Gobierno que someta la cuestión de la intervención a una votación parlamentaria.


Esto se produce después de que el Parlamento británico dijera no a una agresión contra Siria y un poco después Obama decidió condicionar el ataque al permiso del Congreso.


Mientras tanto, el ministro francés del Interior ha reiterado que la intervención en Siria es una medida "necesaria".


"Tenemos un conjunto de pruebas que son consistentes con la teoría de que el Gobierno sirio es responsable del ataque. Gasear a la población es un crimen contra la Humanidad, y lo peor sería no hacer nada", ha alegado.
 
 
Putin joga a carta do entendimento, para a Síria

1/9/2013, MK Bhadrakumar, Indian Punchline

O Kremlin acaba de distribuir o texto oficial da fala do presidente Vladimir Putin sobre a crise síria. Chama a atenção que Putin falou mais demoradamente e disse muito mais do que sugerem as matérias que os jornais estão distribuindo no ocidente; e, também, que falou sobre praticamente cada um dos muitos aspectos dessa situação explosiva. 


Já não há dúvidas de que Putin soube colocar-se metro e meio acima de qualquer outro governante mundial, ao assumir resolutamente uma posição de princípios morais, dado o envolvimento da Rússia na Síria, dado o vasto conhecimento que os russos têm sobre a Síria e o Oriente Médio e dado o papel que a diplomacia russa assumiu, ao insistir em salvar as conversações de Genebra-2, apesar de todas as improbabilidades. 


A questão é saber até que ponto o presidente Obama foi influenciado pelo que disse Putin, no gesto de adiar sua decisão de lançar “ataque limitado” contra a Síria – adiamento que já se vê bem claro, no movimento de requerer aprovação do Congresso dos EUA, antes de atacar.


Fato interessante é que Putin falou de Vladivostok – quase um dia inteiro ‘antes’ do horário de Washington. 


Muita coisa depende dessa questão, porque o adiamento dificultou muito, para Obama, lançar o ataque. Antes de o Congresso dos EUA reunir-se, dia 9/11, acontecerá a reunião do G-20, no qual os líderes mundiais discutirão, sem dúvida alguma, a crise síria. 


A partir das indicações que se têm, os EUA estão muito isolados na opinião mundial, e Obama perceberá isso pessoalmente, no G-20. De fato, apesar da petulância de Obama ao não consultar Putin, o presidente russo revelou que discutirá a questão síria com Obama, quando se virem, em São Petersburgo, na próxima 5ª-feira [a menos, claro, que Obama se dedique a fugir de Putin, até na hora da fotografia (NTs)]. 


Vejamos o que Putin disse, nesse pronunciamento histórico, de Vladivostok: 


A) Foi colhido de surpresa pela onda de recusa, na Europa, a aceitar tudo e qualquer coisa “de acordo com os desejos e as políticas” dos EUA. “Não esperava. Fui, de fato, colhido de surpresa por aquela reação dos europeus.” Putin observou que até a Grã-Bretanha “aliada geopolítica” dos EUA foi guiada por “interesses nacionais e senso comum” e considerações sobre a própria “soberania”. A Europa, afinal, começou a “analisar os eventos, extrair conclusões e agir de acordo com as próprias conclusões.” 


B) Putin rejeitou cabalmente, como “absoluta sandice” a alegação de que o governo sírio seria responsável pelo ataque com armas químicas perto de Damasco, porque os ‘rebeldes’ já estavam sob pressão militar e não havia razão concebível pela qual o governo sírio ofereceria “um trunfo a quem está sempre clamando por intervenção militar estrangeira.” 


C) Putin diz que a crise inteira é “uma provocação”, armada pelos que querem arrastar outros países para dentro do conflito sírio e querem o apoio de membros poderosos da comunidade internacional, especialmente o apoio dos EUA”. Deixou implícito que estados da região – Arábia Saudita e Turquia, em particular – tentaram arrastar os EUA para uma intervenção direta na Síria, o que o governo Obama recusou-se a fazer até agora, para grande tristeza dos ‘interessados’. 


D) Putin pôs em dúvida a veracidade do que os EUA têm dito – e questionou a intenção por trás disso – que teriam “provas” da culpa do regime sírio. Desafiou o governo Obama a apresentar “provas”, e a deixar de recorrer ao álibi de que seria informação secreta. 


E) Putin destacou que os EUA não têm “qualquer base a partir da qual possam tomar decisão tão fundamental”, de atacar a Síria. 


F) Em variação notável, em homem cuja marca registrada é manter a política afastada das emoções, Putin dirigiu-se pessoalmente a Obama, para que corresponda às esperanças do mundo de que ele seja homem da paz – “Antes de tudo e principalmente, dirijo-me ao Sr. Obama não como meu colega, não como presidente e chefe de Estado, mas como homem que recebeu a honra de um Prêmio Nobel da Paz.” 


G) Deixando de lado as polêmicas, Putin disse que atacar a Síria não é ato que sirva, sequer, a autointeresses dos EUA, porque esse ataque “agride todo o sistema internacional de segurança e viola os fundamentos da lei internacional.” 

H) Putin conclamou Obama a pensar muito “antes de tomar decisões” e a “não ter pressa nessas coisas que podem gerar resultados completamente indesejados.”  


I) Putin disse que vê o G20 como “uma boa plataforma” para discutir a crise síria, embora o grupo não seja “autoridade formal” ou “plataforma substituta” do Conselho de Segurança da ONU. Disse que espera discutir a Síria “num formato expandido”, com Obama, no G20, na próxima semana. 


Bem visivelmente, Putin ignorou todo o contexto do esfriamento nas relações EUA-Rússia e não mostrou ânimo de ‘aproveitar-se’ do momento para “marcar pontos”. 


Mas, é claro, Putin tem plena consciência de que é ele quem está em sincronia com a opinião mundial – incluída a opinião ocidental – sobre a questão síria, não Obama. 


De fato, esse pronunciamento de Putin marca uma grande iniciativa diplomática do Kremlin, virtualmente às vésperas da reunião do G20, um importante apelo à razão e à contenção ante a situação na Síria. Evidentemente, Putin tem esperança de influenciar o cálculo de Obama e de conseguir mudar a tendência de seguir a via militar; e de, talvez, ressuscitar o processo de Genebra-2. É aposta muito ambiciosa, mas se alguém pode conseguir tudo isso, hoje, no cenário mundial, é Putin, e só ele.
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